segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Kirliangrafia ou Bioeletrofotografia

Quando ela foi descoberta, logo sugeriram que poderia mostrar a aura. Com o passar do tempo, viram que infelizmente não era a aura, mas sim o campo elétrico que as fotos mostravam. Descubra como foi descoberta, a explicação para o fenômeno e quais as suas utilidades.

Alguns ocultistas afirmam que todos os seres vivos - quer se trate de uma árvore, um gato ou uma pessoa - têm uma "aura". Com essa palavra, referem-se à emanação invisível de energias sutis, não físicas, que envolveriam o corpo físico de todas as criaturas. Desde o século 19, afirma-se que pessoas dotadas de poderes psíquicos percebem a aura usando um sentido análogo ao da visão - mas não idêntico a ela.

C.W. Leadbeater e outros ocultistas afirmaram que não só podiam distinguir a aura, como também conseguiam vê-la tão detalhadamente que seriam capazes de diagnosticar com precisão as condições espirituais das pessoas observadas. As cores da aura, ao mudar, poderiam revelar muito sobre a personalidade e a condição psíquica do individuo, segundo eles. Algumas pessoas com poderes psíquicos afirmam que podem ver, de fato, auréolas em volta de crianças e de alguns adultos.

Com a descoberta da foto kirlian, não só estes grandes ocultistas poderiam ver a aura, mas sim qualquer pessoa....

O Descobrimento da Foto Kirlian
  
Semion Kirlian, cientista russo, acreditava ter desenvolvido um método para fotografar auras.

  Próximo ao final do ano de 1939, em uma pequena cidade ao sul da antiga União Soviética, Semyon Davidovich Kirlian, um eletricista famoso por seus bons serviços de manutenção em equipamentos eletro-eletrônicos, obtinha acidentalmente (ou não), a primeira foto Kirlian da história. Ao ser chamado para consertar um aparelho de eletromedicina de um hospital local, Kirlian encostou a mão em uma peça energizada e foi vítima de uma fortíssima descarga elétrica. No momento do choque, ele observou que entre seus dedos e a peça energizada, formavam-se interessantes e maravilhosas "luminescências azuladas". Sem saber o que havia descoberto, e sem se preocupar muito com a dor, ele novamente encostou sua mão na peça energizada, só que desta vez com um filme fotográfico entre eles e na mais completa escuridão. Ele colocou o filme no revelador e a medida que a foto era formada, Kirlian se deparava com maravilhosos matizes e raios, que aos poucos iam tomando a forma de sua mão. É claro que naquela época Kirlian nem se quer imaginava o que havia descoberto, e mesmo sem saber o que aquelas estranhas formas podiam revelar, ele iniciou suas pesquisas, sempre muito bem apoiado por sua esposa Valentina que sempre estava disposta a ser sua "cobaia" nas fotos.

O tempo foi passando e Kirlian desenvolveu aparelhos que pudessem lhe proporcionar as fotos sem a desagradável dor e os malefícios das descargas elétricas. Certa vez se deparou com uma foto estranha, diferente do "padrão" que estava acostumado a obter. Kirlian testou todos os componentes da máquina, tirou novas fotos e as mesmas estranhas formas estavam presentes. Poucos dias depois ele adoeceu com sérios problemas cardíacos, provavelmente consequentes das experiências com a alta voltagem, só que a estranha foto que tirou de seu próprio dedo já lhe mostrara isso, mesmo antes dele adoecer.
                                                Bioeletrografia da ponta de um dedo indicador

Quando os cientistas ficaram sabendo desse fato, com o aval dos líderes estaduais, passaram a dar certa atenção às pesquisas que Kirlian e sua esposa vinham fazendo. Certa vez um cientista levou duas folhas aparentemente de um mesmo vegetal para que Kirlian as fotografasse. Ao revelar as fotos, uma delas apresentava maravilhosos contornos luminescentes, enquanto a outra apenas manchas ou borrões luminosos podiam ser vistos. Somente após chamar o cientista à sua casa é que Kirlian ficou sabendo que o vegetal cuja folha proporcionou a foto ruim já havia até morrido, contaminado com uma doença. Somente então é que o trabalho que Kirlian vinha realizando tornou-se realmente reconhecido e se tornou instrumentos de pesquisas mais sérias.

O primeiro relato importante sobre as pesquisas de Kirlian, trazido aqui para o Ocidente, foi o livro Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro, de Lynn Schroeder e Sheila Ostrander, lançado em 1970. Você pode baixá-lo completo em português aqui. Vá para a página 318 para ler o capítulo FOTOGRAFIA KIRLIANA - RETRATOS DA AURA? e ver diversas fotos.

Aqui no Brasil, as primeiras pesquisas foram feitas pelo Engenheiro Hernani Guimarães Andrade, fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), adaptando a tecnologia Kirlian à nossa realidade e possibilitando a obtenção das primeiras eletrografias brasileiras, de boa qualidade e de custo relativamente baixo.
                                          Valentina Kirlian e Semyon D. Kirlian observando uma foto

Explicação para o Efeito Foto Kirlian

A Máquina Kirlian é na verdade um aparelho capaz de gerar uma alta-tensão em uma alta freqüência, que sensibiliza um filme de acordo com o que estiver em volta do campo eletromagnético que se forma pela alta tensão no eletrodo (local onde colocamos o dedo ou objetos), e nunca pode ser considerada como um "aparelho milagroso", capaz de fotografar uma coisa tão "mistificada" que é a Aura, coisa que não nos cabe cogitar o que seja e do que seja constituída.
Pessoas com habilidades psíquicas afirmam ver auras a olho nu. O doutor Kilner, médico do Hospital Sr. Thomas, de Londres, pensou ter inventado "óculos"que permitiriam também a pessoa comum vê-las. Sua criação consistia em dois visores duplos lacrados, com um corante azul entre os dois vidros de cada visor. Segundo ele, qualquer pessoa poderia ver auras com eles
Sabemos que tudo que está a nossa volta está vibrando, tanto que, se não fosse assim, não enxergaríamos, uma vez que as cores e seus matizes são formados por frequências que formam o chamado "espectro visível", ou seja, cada cor tem sua freqüência vibracional particular. Na escuridão total não podemos ver nada, pois não há luz para ser refletida. Mesmo assim continuamos a emitir luz, só que numa freqüência fora de nosso "espectro visível". Esta luz, que também é uma forma de radiação, é chamada de "infravermelho" e pode ser percebida através de recursos e aparelhos ópticos apropriados.

O que pode ser obtido com uma Eletrofotografia Kirlian, tecnicamente falando, é a foto dos RAIOS (isso mesmo, raios !) que saltam de nossos dedos para o eletrodo por onde passa um filme fotográfico. Só que cada um de nós, seres humanos, atrapalhamos esse "pular dos raios" de acordo como nossos "bloqueios energéticos". Como tudo que está a nossa volta tem sua freqüência peculiar de vibração, conosco não poderia ser diferente, ou seja, essas energias que processamos possuem frequências que entram em "batimento" com a freqüência gerada pelo aparelho (Máquina Kirlian).

Na Foto Kirlian essa freqüência resultante fica gravada no filme, junto com os problemas ou "distúrbios energéticos" que possamos apresentar, através da luz que é fornecida pela eletricidade gerada pela Máquina Kirlian.

Portanto as Eletrofotografias Kirlian são na verdade "Eletrofotos" e jamais devem ser vistas como a "fotografia da Aura".

                                                            Máquina Kirlian
A.J.Ellison, professor de engenharia elétrica e eletrônica por muitos anos na Universidade da Cidade de Londres, fez o que é talvez a crítica mais devastadora da fotografia kirliana como reveladora da aura ou "corpo etéreo". Tendo sido presidente da Sociedade de Pesquisa Psíquica, e havendo se dedicado também durante anos - como membro da Sociedade Teosófica - ao estudo das energias astrais e etéreas, o professor Ellison simpatizava com os conceitos ocultistas, com interesse particular no método Kirlian para fotografar "auras".

Ele chegou à conclusão de que as fotografias kirlianas não tem nada de inexplicável ou paranormal. Trata-se simplesmente dos efeitos da ionização intermitente do ar em torno do objeto fotografado, conhecidos como "figuras de Lichtenburg" (do nome de Jiri Lichtenburg, seu descobridor). Hoje, muitos cientistas aceitam ser essa a explicação do método de Kirlian.

Como ocorre o fenômeno

Para explicar o fenômeno, durante o processo Kirlian, alguns elétrons são primariamente produzidos entre os eletrodos; estes são acelerados pelo campo e ionizam moléculas de ar, levando a um crescimento exponencial no número de elétrons e íons positivos. Os elétrons são atraídos ao (+) ânodo, e os íons positivos movem-se lentamente ao (-) cátodo. Quando os íons no ar atingem uma densidade crítica, eles atraem fortemente os elétrons. Recombinações, então, ocorrem e fótons de luz são produzidos. As multidões de íons positivos tornam-se luminosamente brilhantes e viajam a altas velocidades.Ambos os feixes, positivo e negativo, movem-se entre os elétrodos e bolas de luz movem-se em várias direções.

A cor normal dos feixes é azul brilhante, de vez que a radiação das moléculas excitadas de nitrogênio predomina. Este processo elétrico produz suficiente luz para expor o filme e resultar em fotografia.

Assim, a cor azul obtida nas fotografias Kirlian parece ser devida à ionização das moléculas do ar sobre o plano do filme. Por exemplo, esta ionização pode ser um resultado direto da energização pelo halo elétrico emitido pelas pontas dos dedos.

A modulação de imagem na fotografia Kirlian é grandemente afetada pela umidade da pele: à medida que a umidade da pele se altera, assim também a condutividade elétrica da pele sofre alteração.

A relação entre conteúdo de água e a intensidade do halo elétrico de potencial alto é também bastante aparente em outros tecidos. Portanto, à medida que folhas secam, há uma correspondente mudança no halo elétrico Kirlian.


Foto tirada de uma folha. A cor normal dos feixes é azul brilhante, de vez que a radiação das moléculas excitadas de nitrogênio predomina

Experiência com Folhas
Esta é uma das mais famosas experiências realizadas! Na experiência da folha fantasma, a folha é cortada em até 1/3 de sua parte e fotografada. A imagem resultante freqüentemente mostra um tênue contorno na parte cortada da folha. De fato, alguns cientistas soviéticos usaram esse experimento para sugerir que não apenas estamos vendo a "AURA" do objeto, mas que "AURA" é realmente um quinto estado de energia denominado BIOPLASMA. Este bioplasma é supostamente uma rede completa de energia informacional associada a todos os organismos; e é sempre completa e intacta, mesmo quando parte da estrutura física é cortada.

O efeito da folha fantasma pode assombrar quem o observa, mas já foi explicado em termos de ciência física por vários engenheiros elétricos, com base na hipótese de que os eletrodos utilizados não estavam bem limpos. Muitos dos que fizeram esta observação eram cientistas de renome, mas seria injusto não acrescentar que Harry Oldfield, terapeuta inglês não-ortodoxo, afirma ter obtido o efeito da folha fantasma usando eletrodos perfeitamente limpos.

Famosa experiência, conhecida como da "Fotografia Fantasma" ou "Efeito Fantasma"

Então, qual a utilidade da Foto Kirlian?
Como mostramos, a foto Kirlian não tira fotos da aura, mas sim do campo elétrio. Apesar da atual controvérsia sobre a existência de evidências conclusivas e falta do reconhecimento pela comunidade científica internacional sobre a validade do seu uso na prática médica, a técnica da bioeletrografia é potencialmente útil para outras situações, como a análise da condutividade e disposição de superfície de condutividade.

Atualmente a técnica Bioeletrográfica, além de ser utilizada como auxílio diagnóstico na área médica, para identificar problemas de saúde orgânica e/ou psíquica, através dos bioeletrogramas, também está sendo utilizada em pesquisas nas áreas de agronomia, mineralogia, fitoterápicos, acupuntura, veterinária, homeopatia, psicologia, terapias complementares diversas.

Desde que o assunto surgiu na antiga URSS, muitas pesquisas foram feitas. Em 1999 a técnica foi reconhecida pelo Ministério da Saúde da Federação Russa e em 2000 pela Academia de Ciências da Rússia, sendo recomendado o seu uso nas instituições de saúde daquele país como um instrumento científico auxiliar de diagnóstico, recomendado para uso na Prática Médica.




Nenhum comentário:

Postar um comentário