quarta-feira, 2 de março de 2016

A noite dos Ovnis

 O dia 20 de maio de 1986 seria um dia normal como qualquer outro no nosso pais. Entenda, eu disse seria porque não foi. Logo nas primeiras horas do dia, Douglas Avedikian, controlador de vôo do Cindacta em Brasília, recebeu o comunicado de um avião Bandeirantes da TAM que questionava à Central de Controle do Trafego Aéreo se havia alguma outra aeronave voando em suas redondezas. A resposta foi negativa. Pouco depois, era ouvida a voz do piloto em pânico relatando que várias luzes passavam bem em sua frente.
 Depois de alguns minutos, o piloto de um avião da Transbrasil - ilustração ao lado - , que naquele momento sobrevoava a cidade de Araxá (MG), afirmou estar vendo várias luzes. A partir desse momento, o Cindacta passou a receber vários telefonemas das torres de controle de Pirassununga, Ribeirão Preto e São José dos Campos (SP). Não havia dúvidas, a Força-aérea brasileira acionou alguns caças para a interceptação . No dia seguinte, todas as emissoras de televisão noticiavam fatos surpreendentes ocorridos na noite de 19 de maio e a madrugada de 20 de maio. Segue o pronuciamento do então Ministro da Aeronáutica, o brigadeiro Otávio Júlio Moreira Lima:

“Pelo menos 20 objetos saturaram os radares e interromperam o tráfego na área. Toda vez que os radares detectam objetos não identificados, os caças levantam vôo para reconhecimento...Só podemos dar explicações técnicas, e não as temos...Seria muito difícil para nós falarmos sobre a hipótese de que estes objetos tenham origem extraterrestre”. (fonte: “Verdades que incomodam” de Alberto Romero - válido para todas)

É óbvio que um ministro não poderia falar abertamente. Um cargo ligado diretamente ao Palácio do Planato e, como sabemos, o governo do nosso pais segue a regra mundial: NEGAR SEMPRE. Já não é a mesma situação do atual presidente da VARIG, o coronel Osíris Silva (entre os vários cargos que ocupou está a presidencia da EMBRAER e da PETROBRÁS):
“Dizem que foi um salto muito grande entre a presidência da Embraer e a Petrobrás, que subi tanto que cheguei a ver disco voador. Naquela noite, quando nos aproximamos de São José dos Campos, a bordo do avião XINGU PT-MBZ, pediram de Brasília para observarmos alguns pontos que tinham sido detectados pelo radar e que não estavam registrados como vôos regulares dentro daquela área. Na altura de 600m vimos pontos luminosos de cor laranja avermelhado, com brilho muito intenso. Tentamos nos aproximar das luzes, mas desistimos. Elas apagavam e acendiam em lugares diferentes por cerca de 10 a 15 segundos. Observamos variações muito rápidas de velocidade...”.

Deixando que os próprios protagonistas dos noticiários contem, segue major aviador Ney Antônio Cerqueira (chefe do Centro de Operação da Defesa Aérea – CODA):

“Não temos condições técnicas operacionais para explicar. O aparecimento desses objetos nas telas dos radares é inexplicável...As fitas com as comunicações entre pilotos e controladores das áreas de Brasília, São Paulo e Anápolis e os relatórios dos pilotos dos F-5E e dos Mirages serão estudados para posteriores conclusões. O CODA acionou dois F-5E e três Mirages (ilustração ao lado) para identificarem os objetos. Um F-5E e um Mirage ficaram de prontidão no solo.”

O estudo que o major Ney Antônio Cerqueira se referiu deve ser mesmo bem difícil, pois até hoje ele não apresentou na mídia as conclusões do mesmo. Ao que parece, os pilotos tiveram momentos bem tensos. Um dos F-5E (possivelmente pilotado pelo capitão Jordão Brisola) ficou no meio de 13 objetos que mediam aproximadamente 100m de diâmetro, ou seja, os ÓVNIs teriam o tamanho aproximado de um estádio de futebol. E olha algo como a tecnologia Stealth: os ecos captados nos radares de bordo às vezes não eram vistos a olho nu e, outras vezes, eram observados, mas os radares nada acusavam. Tal qual o estudo do CODA, o ministro Moreira Lima prometeu um laudo em cerca de 30 dias, e já é bem mais de uma década que estamos esperando.
 "...Cheguei perto do alvo, posicionando-me a cerca de seis milhas de distância dele, o que ainda é longe para que possa haver uma verificação precisa, ainda mais à noite. O alvo parou de se deslocar na minha direção e começou a subir. Eu não perdi o contato radar inicial e passei a subir junto com ele. Continuei seguindo o contato até cerca de 30 mil pés, quando perdi o contato radar e fiquei apenas com o visual. Mas, naquele momento, aquela luz forte já se confundia muito com as luzes das estrelas..." Este é o depoimento de um dos pilotos de combate da FAB acionados para interceptar contatos não-identificados que invadiram nosso espaço aéreo em 19 de maio de 1986. 

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